Fidelidade incondicional ou recíproca


Em 1923, no Japão, o professor universitário em Tókio, Eisaburo Ueno, era acompanhado por seu cão chamado Hachiko, todos os dias até a estação de trem quando ia ao trabalho. O cão ficava até a partida do trem e voltava para casa. Antes da volta do dono, o cão já estava esperando-o atento na praça, exatamente às cinco horas da tarde. Em 1925, Certo dia o homem não voltou, havia falecido no trabalho. A família mudou da cidade, mas o cão não se conteve. Seguindo os trilhos ele voltou para mesma casa, encontrando outros moradores, então, ele ficou morando debaixo de vagões antigos perto da estação. Todos na região conheciam o cão e o alimentava. Quando dava a hora de seu dono ir ao trabalho, lá estava ele na estação, voltava para o velho trem e quando estava perto das cinco da tarde retornava para a estação, sentava na praça e ficava esperando seu dono voltar até tarde da noite, isso se repetiu todos os dias durante nove anos seguintes. Até que em 1934, já velho e debitado, o cão morreu deitado na praça esperando a volta de seu dono. Se você ir na cidade Shibuya no Japão encontrará na praça uma estátua de bronze do cão em seu posto, atento olhando em direção a porta da estação.

A fidelidade deste cão reflete a nossa infidelidade. Descobrimos que somos infiéis em vários sentidos. Se voltarmos ao tempo, os nossos pensamentos, vocês que são casados, procurem lembrar no dia de seu casamento. As palavras de promessas proferidas por vocês, estão sendo cumpridas? “Estaremos unidos, na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, até que a morte nos separe”. As pessoas não dão conta do que prometem, e também não medem as conseqüências das promessas não cumpridas. Fidelidade no Antigo e no Novo Testamento tem o mesmo significado: convicção, que é manter-se firme todo o tempo, ser verdadeiro, ter a certeza de algo que há convicção, como uma coluna que é capaz de sustentar tudo, mesmo no maior abalo sísmico. É o suporte que sustenta a porta para que ela não feche com o vento.

A fidelidade do Criador é incomparável. Diante de todas as suas palavras reveladas, podemos descansar na fidelidade de suas promessas.

Em Romanos 4.19-25, o apóstolo Paulo fala sobre Abraão, que mesmo em avançada idade, não duvidou do que Deus havia prometido a ele, e isso foi imputado por justiça. Da mesma forma, Paulo fala da fidelidade de Cristo para conosco, cumprindo até o fim o Seu propósito e que a justiça foi imputada em nós, quando cremos em Cristo Jesus.

A fidelidade é reciproca e está ligada a convicção naquilo que cremos. Nosso Deus é fiel e sabemos disso, mas somos infiéis. Os cristãos deveriam buscar esta fidelidade na santidade e que esta deveria ser gradativa no crescimento, mas está havendo um decréscimo. Estamos descendo e não subindo para o alto.

Infelizmente, podemos observar claramente a falta de convicção dos cristãos em nossos dias. As pessoas estão moldadas ao mundo cotidiano de suas vidas. Não param mais para refletir naquilo que crêem, num Deus poderoso, onipotente, onisciente, onipresente. O Deus das promessas, do amor e da justiça. O Deus que pode, que em suas mãos está todo o poder. Parece que os cristãos dos nossos dias não crêem no mesmo Deus que abriu o Mar Vermelho, que derrubou as muralhas de Jericó, que venceu as batalhas com um número menor de homens em relação aos oponentes, que ressuscitou Cristo dentre os mortos. O Deus que preparou as moradas celestiais, o Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó, de Edson, de Giovanni, de Almir, de Adassa, de George Wellck, de Lucas, de Tomé, de Marcos, de Lounsbrougt, de Sarah, de Jonathas Edwards, de Lutero, de Charles Spurgeon, de Francisco, de João, de Maria, de Joaquim, de Raimundo, enfim de todos. Ele é Deus, é o nosso Deus e é por isso, que deveremos ser fiéis.

As pessoas são infiéis porque não confiam mais em Deus como deveriam, estão buscando seus próprios esforços, quando todos os recursos racionais se esgotam imploram pela interferência de Deus. Temos que buscar o Senhor agora, e todos os dias, confiar nEle, Ele disse que haverá um dia em que não O acharão e será tarde demais.

A infidelidade reina, nos casais, nos filhos, nos amigos, nos colegas, nos cristãos, êpa! Nos cristãos? O mundo é como um buraco se abrindo na terra, como se o diâmetro deste buraco fosse crescendo a cada momento, aumentando também na velocidade, e muitos tentam se agarrar nos galhos das árvores, mas também elas são puxadas, alguns correm com grande velocidade mas, lá na frente não conseguem competir e também caem, mas no meio deste grande terreno se desmoronando existe uma rocha onde o caminho para chegar lá é muito estreito e poucos foram por ele e chegaram nela, justamente nesta rocha, todos aqueles que estavam lá foram protegidos. Teve alguns que foram por caminhos mais fáceis e até pensavam que estavam firmes na rocha, mas não estavam, eles se enganaram e também caíram Tudo isso porque não foram fiéis em suas convicções. Um dia eles disseram: “Hoje recebi Cristo como Senhor e Salvador da minha vida”. Mas não foram fiéis, nos dízimos e nas ofertas, em usar seus dons para a obra de Deus, em proclamar aos outros a salvação em Cristo Jesus, em louvar a Deus em Espírito e em verdade, em entregar seus corpos como sacrifício vivo e agradável a Deus, em fazer seu devocional diariamente alimentando-se da Palavra que é o essencial para o fortalecimento espiritual, e não oraram diariamente para manifestar sua gratidão e necessidades diante do Senhor. Então não foram fiéis, mas Deu continua fiel, Ele cumprirá o que prometeu.

Ao fiel:

“Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. “(Mateus 25.21)

Ao infiel

“E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus 25.30)

Pense nisso!

Pastor Edson Sobreira Alves

Comentários

Avelar Jr. disse…
Ótima reflexão. Fiquei impactado pelo exemplo do cachorrinho.

Grande abraço, irmão.

Avelar Jr.
Crato
www.nao-obrigado.blogspot.com

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