Tratando o Supremo Criador como “O cara lá de cima”.






Temos que ter cuidado em tornar alguns hábitos rotineiros de nossa vida de adoração em algo mecânico, por obrigação e estafante, como fizeram os judeus no Antigo Testamento e como fazem muitos religiosos no mundo contemporâneo. Na história do povo separado que Deus escolheu para ser exemplo para outras nações. O povo da tribo de Israel teve uma vida cíclica, com altos e baixos, com idas e vindas, foram para Egito, voltaram do Egito, foram para a Babilônia, voltaram da Babilônia, foram presos e foram soltos, desobedeciam e obedeciam. Mas sabiam que quando obedeciam tudo estaria bem e mesmo assim desobedeciam. Quando tudo estava bem se esqueciam de Deus e quando estava mal clamavam por misericórdia. Será que em nossos dias não acontece mesma coisa? Quantas pessoas que estão sendo abençoadas financeiramente, fisicamente agradecem a Deus de uma forma mais intensa? Quantas pessoas que estão felizes com suas vidas abastadas estão se dedicando mais a Deus? Podemos ver o contrário, são justamente estas pessoas que não tem tempo de adorar o Criador, que estão ocupadas com seus negócios, com suas belezas, com sua posição, com seus interesses. Somente quando são abaladas por circunstâncias adversas, estarão de alguma forma buscando o auxilio do Senhor. No entanto, os pobres fazem o mesmo, em sua miséria não busca o Deus verdadeiro enquanto se pode achar, e vivem tateando na escuridão de suas angustias e desesperos, mendigando o pão sem auxilio.

É desta forma que a justiça de Deus age naqueles que não reconhece Sua soberania. Nosso Deus age de forma justa naquelas pessoas que não o buscam como deveriam, que não O louvam como Ele merece. São pessoas que estão envolvidas com seu próprio “Eu”, seus próprios interesses, sua busca do ter e do poder. Ficam sobrecarregadas nesta luta constante de satisfazer seu ego, destruindo vidas. No livro de Malaquias o Senhor Deus diz que tem amado seu povo, mas eles não têm reconhecido a graça de seu Criador. “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou seu pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome? (Malaquias 1:6).

Será que não somos iguais aos fieis da época de Malaquias? Será que não estamos desprezando o nome do Senhor, em nossos dias? Será que não estamos tratando nosso Criador e Pai como segundo a Xuxa trata: “O cara lá de cima”. Temos livre acesso de chegar a Sua presença, mas isso não deixa margem para não termos reverência, falta de respeito, temor e tremor estando diante dele.

O apóstolo Paulo diz em sua carta aos Filipenses que devemos desenvolver a nossa salvação, no sentido da santidade, com temor e tremor: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;” Filipenses 2:12.

Malaquias transmitindo a resposta da pergunta do povo diz: “Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda.” (Malaquias 3: 8b, 9). O hábito de fazer algo para a obra de Deus sem zelo, sem amor, sem dedicação, de qualquer maneira, de qualquer forma, mostra o desinteresse a falta de temor e de reverência ao nosso Deus. E caímos nas mesmas condições do povo do tempo de Malaquias. Estamos sendo envolvidos em práticas que não satisfazem o Ser Supremo que deve ser adorado.

Ficaremos de braços cruzados esperando a pesada “mão” de Deus para corrigir as nossas vidas? Estamos preparados para submeter Sua correção?

Quem somos nós? Filhos de Deus? Obedientes ou desobedientes? A sua vida está sendo consagrada, separada para o seu novo dono? Ou você ainda vive servindo ao antigo dono?

A cada dia somos desafiados a tomar atitudes corretas diante do Criador, nestas decisões somos submetidas a um teste rigoroso, onde devemos ser aprovados como verdadeiros filhos de Deus. Temos em nossas mãos a magnitude do poder arraigado e outorgado em nossa vida, através do Espírito do próprio Deus. O que estamos fazendo com esse poder, estamos O entristecendo?

É interessante que à medida que as décadas vão passando o mundo vai cada vez se tornando mais violento, mais desigual, mais temeroso, mesmo com a tecnologia, com o aumento do conhecimento. E em meio a tudo isso o cristão vai seguindo o mesmo ritmo, amoldando às práticas, e não percebem o seu erro, e ai então perguntamos: em que estamos desagradando a Deus?

Eu não consigo entender um cristão não tendo prazer de ir para uma escola dominical, para aprender mais sobre o Criador, de não ter o interesse de louvar Seu nome no culto à noite, de não ouvir, anotar e meditar na palavra pregada no púlpito, de não ter a alegria de estar em comunhão com outros irmãos que professam a mesma fé. De não comparecer nas conferências das igrejas, de não participar de cursos e treinamentos para servirem melhor ao Pai. E ainda estes que não fazem nada disso se dizem crentes no nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, por outro lado, se forem convidados para um evento na igreja que envolve comida, ou uma apresentação de um cantor gospel em algum show, ai sim! Estarão unanimes ou se um “grande” pregador que nos faz rir, é muito divertido, estarão lá também. Podemos observar em nossas igrejas, se no domingo na escola domingo for antecedida por um grande evento no sábado, a escola estará vazia. Pois, na noite anterior foram dormir tarde, comeram muito, e no dia seguinte tem que "descansar". E se no domingo seu time de futebol for jogar justamente perto do culto à noite, o que acontecerá?

Nessa vida dividida, como podemos adorar, reverenciar o nome do Senhor com nossas vidas?

Muitos perguntarão: “Mas Senhor o que fizemos de errado? Deixa-me entrar na Sua eterna presença?” qual será a resposta do Criador?

Pense nisso!

Pastor Edson Sobreira Alves

Igreja Batista Regular Maranata – Crato - Ce

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