Vida e Morte

Os dois acontecimentos mais fortes
e importantes na vida física e humana é o nascimento e a morte (Dt 30:19). Um
traz grande alegria e outro, grande tristeza.
Dois fatos opostos que se atraem pelo fator tempo. Dois pontos estremos
da vida que a metida que o tempo passa inevitavelmente atinge o outro lado.
Nascemos, vivemos, envelhecemos e morremos, esse é o ciclo natural da vida
humana? Não! A princípio, fomos criados para usufruirmos das duas primeiras
etapas, nascer e viver. A segunda e terceira surgiu após a queda do homem. A
vida é feita de expectativas, sonhos e decisões. Ao longo do tempo em que
vivemos tomamos decisões com expectativas de atingirmos nossos sonhos, nossos
objetivos, mas quando não conseguimos atingi-los, nos frustramos. Mas, na
trajetória da vida não sabemos o futuro, quanto tempo teremos. Vivemos com
incertezas e procuramos valorizar nossa vida com intensidade, mas não sabemos
viver corretamente. Tomamos decisões erradas, nos alimentamos erroneamente, não
praticamos exercícios físicos como deveríamos e tratamos com indiferença nosso
próximo. Contudo, queremos viver bem e por muito tempo neste mundo e muitos
acham que nunca irão morrer.
Observando grandes milionários e poderosos
neste mundo e até alguns que convivi, pude observar as grandes frustrações já
no final de suas vidas. Fico pensando o que adiantou tanta correria, tanta
preocupação com seu próprio eu, tanta riqueza, pois nada poderiam levar para
eternidade. Os egípcios pensavam que poderiam usufruir de seus bens após a
morte física por isso construíram catacumbas enormes, pirâmides não somente
para conter seus corpos embalsamados como também suas riquezas, eles pensavam
que poderiam usar suas riquezas adquiridas deste mundo, na outra vida (Jo
12:25). O mundo não consegue entender o verdadeiro sentido da vida. A natureza
do homem caído trouxe consequências desastrosas não somente para ele, mas para
toda a criação. O homem natural não consegue enxergar o verdadeiro sentido da
vida, apesar de ter em seu DNA a lei moral gravada em seu coração e pela graça
comum dada a todos pelo Criador, alguns conseguem aparentemente serem bons e
respeitar o próximo (Mt 5:45).
Mas todos se esqueceram do porque
nasceram neste mundo. Nós fomos criados por Deus para sermos seus adoradores,
mas por causa do pecado, passamos a adorar a nós mesmos. Ficamos separados do
Criador pelo pecado que é uma muralha intransponível ao ser humano. Mas Deus em
sua infinita bondade e amor providenciou um Salvador para todos que
acreditassem nele. Jesus o Filho de Deus foi e é, a porta, a ponte, a água
viva, o caminho, o alimento que nunca se acaba, o esplendor da glória que dá a
oportunidade de que cada pessoa possa voltar a ter um relacionamento real de
amor com o Criador. Muitos já foram alcançados por essa dádiva da vida. Então,
a vida volta a ter um verdadeiro sentido, mesmo que morra terá a vida eterna e
um dia receberá um novo corpo, a ressurreição experimentada por Cristo e
prometida a todos que se entregam e confiam nele.
Muitos homens e mulheres que
viveram e vivem neste mundo e entregaram suas vidas à Cristo, cumpriram e
cumprem seu proposito determinado pelo Criador (Ef 3:11).
Conheci um grande homem, grande
em muitos sentidos, em sua estatura e em seu amor por Cristo e por sua obra. Dedicou-se
a resgatar os excluídos deste mundo que não podiam ouvir os sons da natureza
criada por Deus. Ele sabia que estas pessoas tinham que “ouvir” acerca do evangelho
e ensinou a muitos sua linguagem. Intensificou a linguagem de sinais, “Libras”
nas igrejas cristãs do Brasil e da América Latina. Tive o prazer de participar,
junto com minha esposa, de alguns trabalhos evangelísticos de grande
intensidade que ele promovia e incentivava, usando “as três portas”, um método
que usamos para chamar a atenção das pessoas para ouvir o evangelho. Algumas
madrugadas, estivemos no meio de uma grande festa, vendo milhares de pessoas se
perdendo em seus desejos em uma pequena cidade do Ceará, Crato. Numa barraca
alugada por ele, pregávamos o evangelho chamando a atenção através “as três
portas”. O missionário John Peterson
junto com sua esposa “Gina” foram uns dos meus professores no SBC. Nunca me
esqueço de uma expressão que ele sempre usava quando me via: “Vá bene”. Ele
usava algumas ilustrações, de sua própria vida, em suas pregações que eram
muito hilárias, e sempre estava com um sorriso no rosto expressando o amor que
ele tinha pelas almas perdidas neste mundo. Grande homem que agora está no
lugar mais intenso e maravilhoso da eternidade ao lado do Senhor Jesus.
Pr. Edson Sobreira Alves
Pr. Edson Sobreira Alves
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